- Ôh do topo, aqui quem fala é da base. Tá gostando de ficar aí em cima pisando em que te sustenta? Se te incomodo eu saio de baixo. Mas aí quero ver quem te segura, e o que te sobra.
O que me fascina não é entender a mímica da sobrancelha verde do cachorro gordo do pato donald, mas tudo bem em saber. O que me assusta é não captar coisas tão simples, é encontrar no espelho o dono da verdade.
Naluah
(Percepções e percepções... e quem nem se liga.)
segunda-feira, 26 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Everybody is on the table
Eu estou com saudade de casa...
em dias de crise,
meio irritada comigo,
dispersiva com o mundo,
faço esforços enormes pra poder prestar atenção até em conversas...
aonde eu estou, geralmente eu não estou.
parece que voltei pras profundezas do meu além,
parece que só consigo conversar comigo,
discutir comigo,
e não me deixo em paz.
Não me sinto muito bem ignorando involuntariamente as pessoas,
acabo não me sentindo muito boa companhia.
Cansei de querer e travar,
minha cabeça não me ajuda as vezes,
eu quero uma coisa, o corpo outra, a cabeça outra.
As vezes consigo me controlar,
mas as vezes desanda,
nada me satisfaz.
Tudo insatisfaz, e isso cada vez aumenta.
Não posso mais me desafiar sozinha
é uma coisa interferindo noutra...
cada vez o bixo fica maior, pior.
As vezes eu rio... mas agora já está demais.
Tenho saudade de chorar e meu pai me abraçar,
ir parando meus soluços na voz dele,
me fazer prestar atenção em cada palavra,
e esquecer por que mesmo eu estava ali morrendo de horrores.
Se eu tivesse bebido, eu ia dizer que era o vinho... a cerveja, mas não é.
Não é nostalgia, é falta.
Conter sentimentos é detestável,
quero presenças,
quero ouvir vozes,
e quero abraços que me devolvam a força do que eu sinto.
É falta.
Me sinto infantil querendo colo na hora que quero.
Não só me sinto, como estou muito mais frágil,
e o meu limite é tão distante, mas chega montado em simplicidade.
E quando me atinge é quase imbatível.
O simples é o que mais me importa, e mesmo querendo me aproximar corro pra longe dele.
O limite vai aglomerando todo o simples, vai reunindo, e me acerta num complexo a queima-roupa.
Eu não me aguento, tem dias que não me aguento.
Tem dias que só desejo fugir da minha cabeça,
fugir de sentir.
Certas dores pinicam tanto que de repente rasgam.
A dor do tempo me enoja.
Mas não tem muita escolha,
quando eu não sinto, a dor é muito pior.
Meu mais novo estado de desligamento automático, é reles autodefesa.
Defesa contra vontade. Me protegendo de mim, e me isolando em mim.
Quero entender, e cada vez pior fica.
Que merda. Que merda. Que merda.
Naluah
(Alice no país das maravilhas!)
em dias de crise,
meio irritada comigo,
dispersiva com o mundo,
faço esforços enormes pra poder prestar atenção até em conversas...
aonde eu estou, geralmente eu não estou.
parece que voltei pras profundezas do meu além,
parece que só consigo conversar comigo,
discutir comigo,
e não me deixo em paz.
Não me sinto muito bem ignorando involuntariamente as pessoas,
acabo não me sentindo muito boa companhia.
Cansei de querer e travar,
minha cabeça não me ajuda as vezes,
eu quero uma coisa, o corpo outra, a cabeça outra.
As vezes consigo me controlar,
mas as vezes desanda,
nada me satisfaz.
Tudo insatisfaz, e isso cada vez aumenta.
Não posso mais me desafiar sozinha
é uma coisa interferindo noutra...
cada vez o bixo fica maior, pior.
As vezes eu rio... mas agora já está demais.
Tenho saudade de chorar e meu pai me abraçar,
ir parando meus soluços na voz dele,
me fazer prestar atenção em cada palavra,
e esquecer por que mesmo eu estava ali morrendo de horrores.
Se eu tivesse bebido, eu ia dizer que era o vinho... a cerveja, mas não é.
Não é nostalgia, é falta.
Conter sentimentos é detestável,
quero presenças,
quero ouvir vozes,
e quero abraços que me devolvam a força do que eu sinto.
É falta.
Me sinto infantil querendo colo na hora que quero.
Não só me sinto, como estou muito mais frágil,
e o meu limite é tão distante, mas chega montado em simplicidade.
E quando me atinge é quase imbatível.
O simples é o que mais me importa, e mesmo querendo me aproximar corro pra longe dele.
O limite vai aglomerando todo o simples, vai reunindo, e me acerta num complexo a queima-roupa.
Eu não me aguento, tem dias que não me aguento.
Tem dias que só desejo fugir da minha cabeça,
fugir de sentir.
Certas dores pinicam tanto que de repente rasgam.
A dor do tempo me enoja.
Mas não tem muita escolha,
quando eu não sinto, a dor é muito pior.
Meu mais novo estado de desligamento automático, é reles autodefesa.
Defesa contra vontade. Me protegendo de mim, e me isolando em mim.
Quero entender, e cada vez pior fica.
Que merda. Que merda. Que merda.
Naluah
(Alice no país das maravilhas!)
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Só não digo que é um dia de merda para evitar o pessimismo
Essa luz...
O dia apagado, acho que é o dia apagado,
lá fora tem um cinza meio branco, meio cinza...
aqui dentro a luz é a mesma,
o dia não é quente, não é frio,
nem claro nem escuro,
aqui dentro não tem nada,
fico fora do ar,
e longe do chão,
fico acordada sem despertar,
e em plena luz,
já é meia noite as três da tarde,
O dia apagado se entrega pra mim,
desgastado,
ancorado numa nuvem grossa de chuva que não molha,
mas não é só essa luz.
Hoje meu interruptor não funciona.
Naluah
(duas doses bem fortes de ânimo faz favor...)
O dia apagado, acho que é o dia apagado,
lá fora tem um cinza meio branco, meio cinza...
aqui dentro a luz é a mesma,
o dia não é quente, não é frio,
nem claro nem escuro,
aqui dentro não tem nada,
fico fora do ar,
e longe do chão,
fico acordada sem despertar,
e em plena luz,
já é meia noite as três da tarde,
O dia apagado se entrega pra mim,
desgastado,
ancorado numa nuvem grossa de chuva que não molha,
mas não é só essa luz.
Hoje meu interruptor não funciona.
Naluah
(duas doses bem fortes de ânimo faz favor...)
domingo, 18 de abril de 2010
Consciência
sexta-feira, 16 de abril de 2010
O prato
Quando vi pensava nos filhos. Eles de novo. Aqueles filhotes com bochechas gordas tentando palavras que eu não entendo. Não entendo a graça, a delicadeza daquela voz querida, e eu via meu rosto, escutava minha voz, feliz dizendo "Olha! Meu filho." Olhei pras minhas mãos e escutei o barulho do garfo riscando o prato, lambendo o fim do caldo de feijão. O garfo arranhando o prato me trouxe de volta ao restaurante. O garfo arranhando o prato me tirou do transe, e percebi que novamente eu estava adiante de agora gostando de imaginar. De repente me dei conta que entre 500 mesas aquela mesma que estava vazia ontem, me convenceu a sentar-me naquela cadeira, e na companhia de um pilar onde me escorava, no mesmo canto embarquei numa idéia que me faz rir a toa.
Naquele mesmo lugar eu o vi pai. Eu dizia "tu vai ser um bom pai", e pensava... daqueles que brinca, que explica mil vezes a mesma coisa, todo meio bobo e de vez em quando diz "vem cá meu filho" e dá um abraço de estralar os ossinhos.
Enfim fiquei meio parada naquilo. Mas percebendo o fato, minha atenção deixou de ser imáginaria e meus olhos correram por tudo que pude correr os olhos em minha volta. Vi um cara indeciso entre os pães e as mariolas. Olhei pro relógio e haviam passados apenas dez minutos. Minha cabeça almoçou aquilo tudo em dez minutos. Meus olhos correram de novo pelos objetos ali e enxerguei no meu prato: o pão.
Inclinei-me sobre o prato e rapidamente o devorei para que ele não mais me encomodasse. Queria ver o prato limpo. Quando enfim respirei... vi que eu olhava tudo por baixo dos ombros curvados, de braços abertos, estendidos na mesa, e deixei que minha cara descansasse no prato.
Naluah
(a fome.(assobiar e chupar manga))
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Benditas
Benditas coisas que eu não sei
Os lugares onde não fui
Os gostos que não provei
Meus verdes ainda não maduros
Os espaços que ainda procuro
Os amores que nunca encontrei
Benditas coisas que não sejam benditas
A vida é curta
Mas enquanto dura
Posso durante um minuto ou mais
Te beijar pra sempre o amor não mente, não
mente jamais
E desconhece do relógio o velho futuro
O tempo escorre num piscar de olhos
E dura muito além dos nossos sonhos mais puros
Bom é não saber o quanto a vida dura
Ou se estarei aqui na primavera futura
Posso brincar de eternidade agora
Sem culpa nenhuma
(Zélia Duncan)
Naluah
(é... brincar de eternidade agora)
Os lugares onde não fui
Os gostos que não provei
Meus verdes ainda não maduros
Os espaços que ainda procuro
Os amores que nunca encontrei
Benditas coisas que não sejam benditas
A vida é curta
Mas enquanto dura
Posso durante um minuto ou mais
Te beijar pra sempre o amor não mente, não
mente jamais
E desconhece do relógio o velho futuro
O tempo escorre num piscar de olhos
E dura muito além dos nossos sonhos mais puros
Bom é não saber o quanto a vida dura
Ou se estarei aqui na primavera futura
Posso brincar de eternidade agora
Sem culpa nenhuma
(Zélia Duncan)
Naluah
(é... brincar de eternidade agora)
sexta-feira, 2 de abril de 2010
A calmaria do dia
Muito bom.
Depois de um longo dia neutro de sensações,
sem desgastes em humor demais ou de menos,
eu senti algo.
Olhei para os cômodos da casa e adoro essa bagunça, vivo essa bagunça, sou.
Mas não é só isso,
Quando vejo tudo em seu devido lugar,
quando até o ar parece estar ajeitadinho da forma que eu quis,
Muito bom.
A única ponderação é: não me peça por quanto tempo consigo manter um ou outro.
Naluah
(a ressaca de estar, na companhia do ser.)
Depois de um longo dia neutro de sensações,
sem desgastes em humor demais ou de menos,
eu senti algo.
Olhei para os cômodos da casa e adoro essa bagunça, vivo essa bagunça, sou.
Mas não é só isso,
Quando vejo tudo em seu devido lugar,
quando até o ar parece estar ajeitadinho da forma que eu quis,
Muito bom.
A única ponderação é: não me peça por quanto tempo consigo manter um ou outro.
Naluah
(a ressaca de estar, na companhia do ser.)
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