terça-feira, 31 de maio de 2011

O que acontece?

"O que acontece quando o professor ensina? O que ele faz exatamente para instruir e educar as crianças? Noutras palavras, o que é preciso saber para ensinar?" (GAUTHIER, 1998).


Naluah
(é preciso?!)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Paulo Leminski- Ervilha da Fantasia (1985)


"... é a bronca do homem com essa sociedade urbana industrial moderna que é uma macro máquina projetada sobre nós e que é maior do que nós e que nós temos que nos conformar a ela de um jeito ou de outro, queiramos ou não, pra nos tornarmos viáveis enquanto pessoas, pra podermos pagar as contas no final do mês, a escola das crianças e o aluguel da geladeira...
Esse é um dos papéis tradicionais da poesia, é por isso que todos os povos amam os seus poetas. Eu não sei se todos os povos amam os seus cientistas, mas todos os povos amam os seus poetas... no Brasil, poetas, digamos , vamos pegar assim Vinicius de Moraes, Chico Buarque de Hollanda, Caetano Veloso, Milton Nascimento, e seus parceiros, os poetas são amados por milhões... por que é que os povos amam seus poetas? É porque os povos precisam disso que os poetas dizem... uma coisa que as pessoas precisam que seja dita, o poeta não é um ser de luxo, não é uma excressencia ornamental da sociedade, é uma necessidade orgânica de uma sociedade, a sociedade precisa daquilo, daquela loucura pra respirar, é através da loucura dos poetas, através da ruptura que eles representam que a sociedade respira. Dessa pressão que eu estava falando, de de repente você ter uma máquina encima de você, que você não escolheu, não pediu, mas não adianta nada você espernear, ela é maior que você..."


Paulo Leminski em documentário, dirigido por Werner Schumann, 1985.





Naluah
(sem mais... só penso que as dúvidas sobre a arte são mais do que respondidas quando sinceras)

domingo, 8 de maio de 2011

O mundo não se fez para pensarmos nele (pensar é estar doente dos olhos)

Segundo poema de O guardador de rebanhos,
de Alberto Caeiro, (Fernando Pessoa).

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…

Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo…

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender …

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos…
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar …
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar.

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Naluah
(ontem no elevador; a única condição possível; odeio certos prazos de validade; e os esconderijos super-secretos reaparecem)


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Questão de hábito

Os ovos moles de Aveiro são vendidos em barricas de madeira pintadas de barcos moliceiros que usavam ancinhas mexendo sempre para o mesmo lado até ver o fundo da caçarola de cobre ficar bom de comer em hóstia ou em taçinhas que dominicanas franciscanas carmelitas hoje já não fabricam mais pois não usariam claras para engomar seus hábitos ...
é claro.



Naluah
(doces portugueses)
(...deve ser doce doce doce, e quem sabe uma hora dessas...)
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