domingo, 21 de agosto de 2011

Quem diria que os bixos voltariam assim tão cedo.
Achei que os tinha prendido bem amordaçados nos panos com tinta e cola que já secaram há anos.
Sinto que eles estão jogando meu estomago de um lado pro outro, e isso é bom.
Os bixos fazem explodir distâncias que não consigo saltar.

Naluah
(propulsão)

tic-tac tic-tac

Depois do sétimo dia as rosas murcham.
Elas estão ficando secas, quedradiças, e podem esfarelar com o toque.
Adormeço de cansaço. O que fazer das rosas?
As flores me olham afiadas.
Desvio os olhos, mas longe ou perto sinto que tudo se esbugalha.
Como é difícil harmonizar.


Naluah
(cadê o gênio da lampada?)

sábado, 20 de agosto de 2011

Reflexão sobre amor e merda

Sempre se esconde algum segredo, sob cada amor se oculta um fosso de merda. É inevitável. É inevitável?
A discussão do amor fala sobre bem estar, estar bem. Algo pleno que está a amparar a merda flutuante que somos. A merda flutuante recoberta de atraente película. Somos merda flutuante com capacidades incríveis para abrigar amor.
As vezes o amor respira e vem a tona borbulhando bolhas corrosivas e através da espessa camada de merda que somos, cuspimos as bolhas pela boca, pelos olhos, pelos poros, pelo cú, seja como for não controlamos fazer. Um esguicho frio e arranhado de amor.
A maior parte da merda que somos fica. Apenas cuspimos aquilo que criamos, apenas cuspimos aquilo que produzimos como qualquer outro resíduo que excede. Cuspimos amor em meio a merda. Cuspimos meio amor meio merda a pessoa de merda que amamos. Um processo simples de se acostumar, engolir o outro, e cuspir nosso amor de merda.
Preciso de uma escavadeira potente... Será possivel chegar no amor sem mergulhar na merda?
Mas que am... MERDA!



Naluah
(dominando o asco)
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