Encaixotei-me, pus fita na boca, me joguei no rio,
me debato em corpos estranhos,
não sei sair,
não sei que lugar me vale um desembarque.
Essa caixa,
essa casca,
por que vejo os limites dela...
não consigo me mexer,
essa contra vontade
começo a gostar,
desgosto.
Peço a impaciência companheira,
que me tapeia
e me tira do poço aos gritos,
e com sucesso me faz resmungar.
Eu só quero estilhaçar, rasgar, arrancar tudo com os dentes
despedaçar aves de rapina que me atiram meus mil pedaços contra mim.
Quem se importa comigo
E pra quem eu devo,
devo mais e mais,
pois eles dizem que me esperam
minhas paixões, amores,
lhes dou sobras.
Por quem me prendo?
Naluah
(não queira me cobrar tão bem quanto eu)
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