em: A fuga interrompida...
O Bambolê rolou na escada
chegou na calçada
virou a direita
na rua estreita
e deitou no canteiro
escondido na moita...
Logo aparece o carteiro
na casa da frente
toca a campainha
pra ver se tem gente
e uma dona vizinha
já grita avisando
"O seu Jaime viajou!"
"E vai ver tá acampando..."
A menina apressada
tropeça e cai
"Não faz mal,"
"Não foi nada!"
levanta dizendo...
ajeita o vestido
e pega o Bambolê.
O carteiro sorri
e a vizinha nem vê.
Naluah
(...)
sexta-feira, 28 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Sentido
Para além da sensibilidade,
Se encaminham de um jeito assustador, as coisas...
Ela me conta disfarçada,
No estranho, e um estranho meu conhecido.
A maneira como se faz o que se faz,
A maneira que se vê...
Eu ri... e a gente é cúmplice.
Não importam os fatos... é justo na maneira.
Eu peguei papel e caneta e escrevi o mesmo,
Me senti destapada, ela me descobriu.
Ela sabe o que eu quero,
o que não quero,
o que inquieta tanto em existir.
Me sinto alí.
Quero entrar por tantas portas pra chegar em uma só,
aonde nessa última eu vou sentar no chão e me preparar apenas para me certificar,
Mas isso não faria sentido sem entrar por todas as outras.
Ela sabe a minha opinião sobre as escolhas todas.
A gente detesta previsões,
mas temos as mesmas.
Naluah
(e se der errado, eu sequer vou poder ser a moça do tempo no jornal do meio-dia...)
Se encaminham de um jeito assustador, as coisas...
Ela me conta disfarçada,
No estranho, e um estranho meu conhecido.
A maneira como se faz o que se faz,
A maneira que se vê...
Eu ri... e a gente é cúmplice.
Não importam os fatos... é justo na maneira.
Eu peguei papel e caneta e escrevi o mesmo,
Me senti destapada, ela me descobriu.
Ela sabe o que eu quero,
o que não quero,
o que inquieta tanto em existir.
Me sinto alí.
Quero entrar por tantas portas pra chegar em uma só,
aonde nessa última eu vou sentar no chão e me preparar apenas para me certificar,
Mas isso não faria sentido sem entrar por todas as outras.
Ela sabe a minha opinião sobre as escolhas todas.
A gente detesta previsões,
mas temos as mesmas.
Naluah
(e se der errado, eu sequer vou poder ser a moça do tempo no jornal do meio-dia...)
sexta-feira, 21 de maio de 2010
violões, vozes, vinho, vontade, vida, voracidade
Então ela disse: "Tu não te reconheces mais sozinha..." e seguiu falando como se fosse frase qualquer, e eu não precisasse da pausa para deixar a frase ir se acalmando, se assentando no meu emaranhado raciocínio sobre os meus afetos. Os fetos e as coisas todas que afetam. Ação-reação: reflexo, pensamento, interação.
Eu precisei que ela dissesse de novo. Parei todos os outros sussuros da minha cabeça para ouvir apenas aquilo e me estarrecer novamente com a magnitude do simples.
Realmente acatei aquilo. Ao me afastar daqueles em que me reconheço, me descaracterizo e me perco, e não ativo em mim o dispositivo que me faz lembrar e usar meus guardados e aguardos.
Mas me sinto a caminho de novo. Se muito antes eu era aérea, pouco antes de agora passei pelo subterrâneo. Continuava a caminho, mas a terra me entrou nos olhos e já não tive certeza da direção.
Realmente acatei aquilo.
Já havia percebido sem dar-me exatamente por conta nessa clareza de palavras. Quando eu sem querer querendo quebrei o ciclo de trocas, as energias aguentaram apenas até o estado crítico de ser sem reservas, sem força nenhuma. Tive então algumas oportunidades de revida. Instabilidade. Eu já não controlava a existência da vontade, e havia desafiado meu limite de suportar. Estava inexpressiva ao rir e chorar pelo nada que eu sentia. E chorei e ri tantas vezes dentro desse nada.
Realmente acatei aquilo, acatei antes mesmo de ouvir.
No dia de ontem senti o fulgor de novo, a vivacidade do instante, que desde sempre eu amei. A vivacidade do instante a que não recuso estando no meu pleno bem estar. Me senti novamente no bem estar ao aceitar o convite do instante. Se o instante me convida como posso dizer não me leve? Me leve, leve.
Liberdade. Não sei se a própria liberdade nos permite, e nos visita as vezes, mas não é ela a quem eu me refiro. Eu falo apenas da sensação, sentir que aquilo que me sente, que me carrega nos braços quase que contra a vontade, se não fosse tão gostosa essa vontade que vem me carregar. Ela é minha sem ser posse, está em mim.
A paixão, a admiração e o desconhecido que vem me permitir sair cantando do meu dessenterro. Desenterrada e descravada da terra. Viva!
Acho que começei engatinhar de novo... já tenho vontade de correr, e correr mais rápido, e voar, absorvendo a energia boa de todo gasto de boa energia.
Recomeçei a sonhar os vôos. A intensidade do instante e a vontade de espichar o tempo prolongando aquilo que há costurando naquilo que vem. Talvez um antídoto...
Sublimar o medo que vier podar, cortar e finalizar antes do fim.
Naluah
(enquanto é doce a vida... eu peco em gula)
Eu precisei que ela dissesse de novo. Parei todos os outros sussuros da minha cabeça para ouvir apenas aquilo e me estarrecer novamente com a magnitude do simples.
Realmente acatei aquilo. Ao me afastar daqueles em que me reconheço, me descaracterizo e me perco, e não ativo em mim o dispositivo que me faz lembrar e usar meus guardados e aguardos.
Mas me sinto a caminho de novo. Se muito antes eu era aérea, pouco antes de agora passei pelo subterrâneo. Continuava a caminho, mas a terra me entrou nos olhos e já não tive certeza da direção.
Realmente acatei aquilo.
Já havia percebido sem dar-me exatamente por conta nessa clareza de palavras. Quando eu sem querer querendo quebrei o ciclo de trocas, as energias aguentaram apenas até o estado crítico de ser sem reservas, sem força nenhuma. Tive então algumas oportunidades de revida. Instabilidade. Eu já não controlava a existência da vontade, e havia desafiado meu limite de suportar. Estava inexpressiva ao rir e chorar pelo nada que eu sentia. E chorei e ri tantas vezes dentro desse nada.
Realmente acatei aquilo, acatei antes mesmo de ouvir.
No dia de ontem senti o fulgor de novo, a vivacidade do instante, que desde sempre eu amei. A vivacidade do instante a que não recuso estando no meu pleno bem estar. Me senti novamente no bem estar ao aceitar o convite do instante. Se o instante me convida como posso dizer não me leve? Me leve, leve.
Liberdade. Não sei se a própria liberdade nos permite, e nos visita as vezes, mas não é ela a quem eu me refiro. Eu falo apenas da sensação, sentir que aquilo que me sente, que me carrega nos braços quase que contra a vontade, se não fosse tão gostosa essa vontade que vem me carregar. Ela é minha sem ser posse, está em mim.
A paixão, a admiração e o desconhecido que vem me permitir sair cantando do meu dessenterro. Desenterrada e descravada da terra. Viva!
Acho que começei engatinhar de novo... já tenho vontade de correr, e correr mais rápido, e voar, absorvendo a energia boa de todo gasto de boa energia.
Recomeçei a sonhar os vôos. A intensidade do instante e a vontade de espichar o tempo prolongando aquilo que há costurando naquilo que vem. Talvez um antídoto...
Sublimar o medo que vier podar, cortar e finalizar antes do fim.
Naluah
(enquanto é doce a vida... eu peco em gula)
domingo, 9 de maio de 2010
Mães,
Só as mães são felizes...
já cantava Cazuza.
Eu fico sem reação,
querendo dizer muito além de eu te amo,
e digo, mas não adianta.
Admiração extrema
Saudade
Amor, amor, amor...
Minha mãe é tudo pra mim.
E olhando pra ela eu vejo como só uma mãe consegue ser mãe,
num compromisso que não tem fim, não tem sossego,
e ainda querendo dar toda dedicação e amor do mundo a todos os filhos.
Não consigo dizer tudo que eu sinto quando penso na minha mãe como mãe,
é bem mais fácil chorar de emoção, de alegria, de orgulho, de amor.
Pensar na relação entre mãe e filho traz um sentimento tão forte.
Minha mãe, queria poder só te ver feliz, que só te fizessem feliz, que eu pudesse também te fazer. Sempre mais e mais.
Mas a vida é igual pra todo mundo, e além da maternidade há a humanidade. Então eu só queria desejar a todas as mães do mundo muita alegria, força, esperança, saúde, amor, reconhecimento e consideração das pessoas as quais elas se dedicam, pois o amor e a admiração que a minha mãe me traz, reflete na minha admiração pelas mães em geral. Mães sejam felizes.
Naluah
(no compromisso inverso)
já cantava Cazuza.
Eu fico sem reação,
querendo dizer muito além de eu te amo,
e digo, mas não adianta.
Admiração extrema
Saudade
Amor, amor, amor...
Minha mãe é tudo pra mim.
E olhando pra ela eu vejo como só uma mãe consegue ser mãe,
num compromisso que não tem fim, não tem sossego,
e ainda querendo dar toda dedicação e amor do mundo a todos os filhos.
Não consigo dizer tudo que eu sinto quando penso na minha mãe como mãe,
é bem mais fácil chorar de emoção, de alegria, de orgulho, de amor.
Pensar na relação entre mãe e filho traz um sentimento tão forte.
Minha mãe, queria poder só te ver feliz, que só te fizessem feliz, que eu pudesse também te fazer. Sempre mais e mais.
Mas a vida é igual pra todo mundo, e além da maternidade há a humanidade. Então eu só queria desejar a todas as mães do mundo muita alegria, força, esperança, saúde, amor, reconhecimento e consideração das pessoas as quais elas se dedicam, pois o amor e a admiração que a minha mãe me traz, reflete na minha admiração pelas mães em geral. Mães sejam felizes.
Naluah
(no compromisso inverso)
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