O silêncio dos passos denunciava algum pecado naquele andar expiado. Aproximou-se do fogo, rasgou os papéis que levava nas mãos e cuspiu os pedaços nas brasas. Seu olhar rosnava fúria. Se não houvessem chamas a ruborizar o escuro salão, talvez o sangue fervilhando que lhe subiu a cabeça fizesse.
Ahh! Aquela insatisfação diária acumulada sob a língua roxa, necrosada, dobrada e enrolada que amortecida não dizia nada, não sentia e sequer engolia.
Uma língua que não diz, nem sente, imagine quão frustrante ser o senhor dono desta língua. Ele era.
...
Tomou um gole amargo de BÁLSAMO ALEMÃO e quase morreu de nojOooOoo!
BLECS! ECSSS BLECS!!!
Luana
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3 comentários:
Sem açúcar, ou sem tempero, é que se sente o real sabor da vida.
será mesmo...
é, talvez de certa forma ela já tenha seu sabor natural destemperado ou não! mas se a vida é o prato, a chefia sou eu?!
a vida já vai sabendo que nasci disposta a anarquizar as panelas e as receitas.
UHuUuLLL!!!
Hahaha, então, provemos tais requintados sabores!
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