sexta-feira, 28 de agosto de 2009

J. Saramago

José Saramago, romancista, dramaturgo e poeta português. Nasceu em 1922.

"Os romances recentes de J. Saramago retratam uma época de trasnformações que para boa parte da humanidade resulta em mais perdas que ganhos. Em "Ensaio sobre a cegueira", os personagens perdem a vista sinal de um tempo em que todos parecem estar cegos.Em "A Caverna" os oleiros artesãos perdem o emprego incapazes de sobreviver a sociedade de consumo. Em "O homem duplicado" dá-se a perda de identidade, mote ficcional para que o autor toque num dos aspectos mais desumanos da sociedade global, que, em sua ânsia uniformizadora, dissolve as singularidades numa cultura pretensamente universal."


O Homem Duplicado - José Saramago - São Paulo-SP. Companhia das Letras, 2002.

"O caos é a ordem por decifrar" - Livro dos Contrários

"Quem Porfia Mata Caça. São imaginações minhas, as vezes acontecem sairem os sonhos de cérebro que os sonhava, então chamamo-lhes visões, fantasmagorias, premonições, advertências, avisos do além, quem respira e anda aí pela casa, quem há pouco se sentou no sofá, quem está escondido atrás da cortina da janela, não é aquele homem, é a fantasia que tenho dentro da cabeça, esta figura que avança direta em mim, que toca com mãos iguais a deste outro homem adormecido ao meu lado, que me olha com os mesmos olhos, que com os mesmos lábios me beijaria, que com a mesma voz me diria as palavras de todos os dias, e as outras, as próximas, as intimas, as do espírito, e as da carne, é uma fantasia, nada mais que uma louca fantasia, um pesadelo nocturno nascido do medo e da angústia, amanhã todas as coisas tornarão ao seu lugar, não será preciso que cante o despertador, toda gente sabe que nenhum homem pode ser exactamente igual a outro num mundo em que se fabrica máquinas para acordar. A conclusão era abusiva, ofendia o bom senso. Senhora dos seus pensamentos e do seu querer, as alucinações da noite, sejam as da carne, sejam as do espírito, sempre se dissiparam no ar com as primeiras claridades da manhã, essa que reordenam o mundo e o recolocam na sua orbita de sempre. Quanto mais tentemos repelir as nossa imaginações mais elas se divertirão a procurar e atacar as portas da armadura que consciente ou inconscientemente tivemos deixado desguarnecidas. Os actores precisam de dormir muito, será uma conseqüência da vida irregular que levam, mesmo saindo tão pouco a noite. O ultimo gole de café quando outra idéia lhe cruzou as sinapses. Repete-se com tão assombrosa regularidade que cremos ser lícito. A saber que aquilo que os separava era apenas uma porta não um muro. Pensava que o pior de todos os muros é uma porta de qe se nunca teve a chave. Como ensinavam os antigos nunca diga desta água não beberei, sobretudo, acrescentemos nós, se não tiveres outra. O próprio dele inclinar-se mais para o lado da melancolia, do ensimesmamento, de uma exagera consciência da transitoriedade da vida de uma incurável perplexidade perante os autênticos labirintos cretenses que são as relações humanas. A suprema experiência do vegetal, memórias de um carvalho escritas pelo próprio. Deixe os arbóreos em sossego que eles já lhe sobram as pragas fitopatológicas, a serra elétrica e os fogos florestais. Nos seres humanos são o equivalente daqueles rápidos toques de reconhecimento que as formigas fazem umas as outras com as antenas quando se topam no carreiro. Por favor não me venhas pra cá com histórias preparadas. O futuro é um imenso vazio. Depende da minha existência, se eu neste momento morresse, uma parte do futuro ou dos futuros possíveis ficaria pra sempre cancelado. Prefere beber uísque ou conhaque? Usava no dedo anelar esquerdo. O meu duplicado. Nasci nesta mesma data, dia, mês e ano. Eu nasci meia hora antes. O duplicado é você. Tendo nascido no mesmo dia, também no mesmo dia iremos morrer? Por trás das montanhas cercavam o horizonte do outro lado do rio. Uma mulher que for capaz de vencer suas femininas fraquezas é um homem. Força de inércia. Eu estou a falar do xadrez. Só um senso comum com imaginação de poeta poderia ser o inventor da roda. Mão à palmatória. Também inventei a ferradura. És um incrédulo sistemático. Papéis de dez linhas despertam com desanimadora freqüência a inveja dos papéis de cinco. Toma um tranqüilizante. Guardar uma barba que foi usada. A pessoa é outra, a cara é a mesma. Não lhe saltaram as chamas, mas inesperadamente as lágrimas. Na boca do lobo como um pardal desprecavido. Apagou a luz da mesa da cabeceira. As civilizações mesopotâmicas. Tormactus. Farejam e coçam as pulgas, mordem de vez em quando. Salvo se tiver que sair para ladrar ao pátio e de caminho beber água na tigela e alçar a perna no canteiro de gerânios ou na moita de alecrim. Olha o relógio. Desorbitada esperança logo feita em cisco pela lógica dos factos. Ao marasmo da indecisão. Seja lícito presumir, chamou por intercomunicador. Actores secundários. Espécie de coadores da voz. Os duches que tomamos por foram não nos possam assear por dentro. Levar a cabo a mistificação epistolar. Três vezes não. Como uma bofetada, a barba postiça. Todas as razões do destino são humanas. Pessoas felizes que nunca se viram diante de uma cópia de si mesmas. Ardilosamente a por as piores ações em harmonia com as melhores razões. Terá de ganhar ou de perder. Sua cama era seu castelo, também poderia ter dito que a cozinha é seu baluarte. Há uma parte de ti que dorme desde que nasceste. Vocação para Cassandra. Içar a bandeira branca das rendições incondicionais. Atribuiu-lhe os braços como uma outra mãe. Resultante literária do majestoso equilíbrio cósmico. O universo anda embora desde suas origens um sistema falto de qualquer tipo de inteligência organizativa, dispôs em todo caso de tempo mais que suficiente para ir aprendendo com a infinita multiplicação das suas próprias experiências de modo a culminar como vem demonstrando o incessante espetáculo da vida, em uma infalível maquinaria de compensações, que só necessitará também ela de um pouco mais de tempo para mostrar que qualquer pequeno atraso no funcionamento das suas engrenagens não tem a mínima importância para o essencial, tanto faz que haja que esperar um minuto, ou uma hora, como um ano ou um século. Transportados para os intestinos eletrônicos do gravador de chamadas. Uma benção retardada tivesse que finalmente descido do chuveiro, como em outro banho lustral. Oxalá ela ainda lá esteja quando tu acordares. Não sou capaz de recordar exatamente. Ainda não eram onze horas. Venho pedir um copo de água. Cabalmente se demonstra pelo fato de não fazermos mais nada que multiplicá-las ao longo de todo o santíssimo dia. Os gregos vão incendiar Tróia. A dar voltas para não ouvir. Assassinos e assassinados. Em minha casa de campo. Remexeu-se no sofá, exasperando consigo. Acabara de cruzar-lhe de lado a lado o cérebro. Documentos de identificação. Cortinas velhas caídas no chão. Este mês é agosto. O elevador parou no quinto andar. Não há lugar para mim. Como um castelo de cartas que o bafo de uma criança tomba. Perturbadoras. Parecia dormir profundamente. Dureza novamente insatisfeita. Conhecia palmo a palmo. Abismo. Exausta energia paradoxal da alma humana. A possibilidade de emergência de uma desusada nobreza, de um cabalheirismo tanto mais digno de aplausos. Cobardia moral. Absolutamente de sair. Tem na ponta da língua. Brilho anunciador de choro. Marcou o número. Morreu esta manh. Já não recorda nem recordará. Soluços lhe sacudiram o peito. Neste momento ama. Gostos e preços. Olho por olho. A lei do talião. Xeque-mate. Leva o jornal dobrado debaixo do braço. Esfregou entre o indicador e o polegar da mão direita o anelar da mão esquerda. Boas tardes. Pistola no cinto e saiu."


As partes retiradas do livro.
As partes retiradas, juntas.


Luana
(Curti o livro. Ainda restam peguntas.)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

tudo assim...
até dá alegria...
nada mais é tão fácil,
nem tão impossível.


Luana

sábado, 22 de agosto de 2009

Querer...

Doidera na vida é o que não falta
Mas vá lá, puxe uma cadeira pra contar histórias
Senta na beira da calçada pra ver a lua chegando
Veja o movimento
E depois a calmaria
Dá uma olhada ao redor
Faz compania pro bêbado
Volta pra casa na outra madrugada
Dorme no chão sem explicação
Acorde assustado com o cachorro lambendo a sola do pé
E vá tomar um banho.

Luana
(dia desses, há muito tempo atrás, quem sabe aos 15 anos)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

De repente

De repente um riso vem bem sem motivo
e o teto de qualquer quarto é um teatro.
Onde acaso olhar pro alto
é encontrar teu par de olhos escuros,
devagarzinho pesquisando alguma coisa que não sei,
mas quando param de andar olham pra mim,
meio esperando um encaixe ajeitadinho
entre dois lábios desenhados tão medidos
na melhor das brincadeiras deste mundo.
Maluquices que despertam sentimentos?
sentimentos que despertam maluquices.
A discrição da força das tuas mãos
e o arrepio que só sabe quem as sente.
Carne e pele implorando por bagunça.
A gente quer felicidade infinita,
que o nosso amor seja verdade absoluta.

Luana

(Este talvez no final de 2006, #viagensfériassaudades)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

No Limite: um oferecimento da Rede Globo!

No Limite.

Hoje (16.08.09) pela primeira vez assisti ao programa No Limite. É incontrolável a vontade de colocar pública a minha indignação em relação ao que vi no jogo, mesmo admitindo ser alguém que nunca o acompanhou em outros momentos para ser exatamente a opinião que melhor o critique. Mas pelo pouco que vi, senti e pensei sobre, não acho sensato negar-me o direito de opinar sobre algo que entrou na casa e profundamente me causou incômodo.
Pois bem, apenas por via de esclarecer estou em visita na casa de meus avôs, assisti ao programa e corri pegar o notebook para escrever. Aqui não tenho internet e digo que não pesquisei sobre o jogo, então escrevo munida apenas do pouco que sei sobre, e sem poder verificar com segurança se isto realmente é o suficiente para argumentar. Ainda assim me sirvo da minha repulsa ao que notei e escrevo. Se posteriormente com base na pesquisa que farei sobre o programa eu constatar algum equívoco de opinião, aí sim escrevo e posto nova crítica me corrigindo.
Minha crítica possivelmente seja de valor moral, então acredito que muitas opiniões poderão surgir a quem ler, e nem todas serão correspondentes ou entrarão em concordância as minhas. Mas coloco agora o meu modo de ver:
Assistimos ao programa minha mãe, minha avó, meu avô e eu. Inicialmente fora mostrada uma prova na qual os participantes do jogo disputavam frutas como prêmio. As duas equipes se enfrentaram com o objetivo de fazer com que as frutas passassem pelos obstáculos estabelecidos e chegassem até um cesto sem cair no chão. O cesto foi pesado e a equipe que obteve maior número de Kg ganhou a prova. Até aí uma prova interessante testando a colaboração de todos os membros da equipe, resistência, entrosamento...não uma prova super difícil e horrível, mas acredito que cansativa.
A outra prova valeu alguns sacos de comida, sacos de dormir, lampiões, querosene e sei lá o que mais. Foi a prova a qual causou revolta a todos os que estavam ali na sala assistindo ao programa.
Colocaram 7 ou 8 participantes de cada equipe numa ”mesa” para comer coisas nojentas, primeiro lá vai cada um botar na boca dois nojentos olhos de cabra, mastigar, engolir; depois lá vai cada um comer 3 lambaris vivos, mordendo pela metade, mastigando, mordendo a outra metade mastigando e engolindo; depois o último balde de água fria no sentimento de ser humano pois o jogo estava empatado e precisava-se de uma prova medonha que daria a vitória a uma das duas equipes era: cada um dos dois participantes restantes de cada equipe deveria comer dois ovos galados. Quem comesse em menos tempo ganhava.
Não é necessário nem imaginar pra saber que foi uma nojeira e uma selvageria extrema. Aqueles dois homens e mulheres quebraram os ovos numa voracidade horrível, mal descascaram o ovo; arrancaram de lá de dentro um ser que já quase se ouvia o pio; rasgaram violentamente com os dentes aquele pedacinho mal formado de carne; e misturando uma ânsia de nojo, falsa obrigação, desatino e desumanidade deixaram-se lambuzar as mãos, a boca e as roupas com fios de gosma de ovo e pingos de sangue de bicho. Mastigaram como se sem opção precisassem comer aquilo pra matar a fome e engoliram aquela penugem, os quase ossinhos, pele, carne, sangue, gema e pedaços de casca de ovo numa atitude grotesca, estúpida, irracional e nojenta sem a míninima razão de ser.
Embrulhados os estômagos de quem me acompanhava ao assistir, e certamente o meu, seguiu-me um extremo mal estar, uma sensação de não estar vendo aquilo que vi, e não estar acreditando que alguém aceite se submeter a isso por vontade própria.
Será que lhes dá a sensação de vitória, força, resistência e superação de limites estar lá por opção esmagando um peixe vivo com os dentes, matando sem fome, engolindo com nojo, sentindo ele se debatendo nas mãos e depois no estomago sem o menor fundamento? Por que o ser humano acha sua vida tão superior a qualquer animal pra causar uma morte sofrida a um bichinho em um jogo inútil desses?
Matar por fome, por necessidade já é terrível, mas ainda vá lá, mas com que DIREITO, me diga com que direito alguém planeja um jogo onde matar nessas condições VALEEE*** alguma coisa!
Antes de assistir o programa pensei até que fosse interessante e pensei que até eu me identificasse em participar. Mas essa prova foi ridícula, um ser humano pra chegar a esse ponto já quase não é mais ser humano e precisa estar sem saída pra isso. Mas num PROGRAMA de TV eles são!!!! Quem é que perde a consciência assim do dia pra noite? O ser humano mata um peixe vivo arrancando a cabeça com os dentes e engole morrendo de nojo por causa de um jogo de “resistência”, um dinheiro? Eu tenho medo de saber que existe gente assim! Não é de se duvidar que seja um ser desequilibrado, com falsos valores, ninguém entra nessas condições de desmande contra a vida se realmente não quer. Medonho!
Enquanto que por uma desventura da vida algumas pessoas passam pela situação de luta por sobrevivência precisando se adaptar a força a certa situações do gênero implorando a serem resgatadas a sua condição ser humano. Tem seres que se inscrevem a um programa a aparecer em rede nacional na sua historinha de naufrago fingido como se tivessem realmente que lutar por alguma coisa e se superarem!?
É algo totalmente sem nexo saber que nos dias de hoje com tanta atrocidade real que assistimos nos jornais, venha de repente um programa de entretenimento que veja a vida e a morte de um ser, seja de qual espécie for como uma coisa banal, normal e fútil, a ponto de que se obrigue pessoas que estão na nossa sociedade vivendo a nossa civilidade a contra gosto, contra vontade e sem a menor fome ou necessidade, agir como se estivesse no inicio dos tempos do homem na terra. Como se a sociedade, a mídia, as pessoas que cobram tanto civilidade e humanismo umas das outras, e sabem da tão importante relação do ser humano com meio ambiente e os demais seres, esquecesse tudo aquilo sobre respeito, valores, moral que se quer que se use, brincando de tempos das cavernas. Mas é muita ignorância mesmo. É por isso que o mundo tem uma grande probabilidade de vir a ser merda no futuro! As pessoas aceitam certos tipos de situações que não são obrigadas a aceitar, mas aceitam pq simplesmente é mais fácil não pensar nas coisas antes de fazer, é muito mais facil a adrenalina de um resultado ridículo imprevisto e que depois se depois der errado usamos nosso linguajar cívico “Desculpa! Foi sem querer, eu não quis prejudicar ninguém”... claro claro... as facilidades da vida atual.
No limite do que mesmo? Da minha paciência? Da civilidade? Da racionalidade?
Quem quer ver um no limite de verdade liga a teve no Jornal Nacional pra ver uma pandemia de gripe matando gente em todo lugar do mundo, vê gente preocupada falando das catástrofes naturais, efeito estufa tufão, maremoto terremoto, assiste as noticias diárias sobre seqüestros assaninatos político bandidos drogas traficantes e como se não bastasse programas FIM DA PICADA que querem trasngredir oq de pouco humano resta no ser humano que é racionalidade que se deve usar pra coisas boas e não coisas estúpidas. voltar no tempo sei lá quanto tempo, regredir mentalmente e simular uma coisa que não existe.
Nunca mais quero ver essa droga de programa, e por vias de pesquisa vou a apenas atrás de coisas sobre ele para cumprir a minha promessa no inicio da escrita. Mas acho que eu mesma me convenci de que oq eu vi bastou.
O homem já está sobrevivendo como está. Já esta num mato sem cachorro, é só olhar pra que tipo de coisa passa na televisão!
Muitas coisas mais eu falaria, mas me desgastei estou realmente com dor de estomago. Tanta coisa interessante que se poderia passar nesse horário, ou mesmo esse programa mas com uma supervisão moral um pouco melhor ao menos.
Ficam minhas dúvidas no ar.
Ou melhor compartilho-as:
Se este programa está no ar é pq tem audiência suficiente. Se eu me senti mal e na obrigação de dizer isso publicamente é por que minha consciência me diz que isso não me faz bem e aos outros. Espero que na melhor das hipóteses este programa cause a mesma repulsa aos telespectadores e que estes também se recusem a perder tempo vendo como um ser humano inteligente consegue ser atroz e burro por opção, e ainda por cima se sentir capaz e corajoso. E me pergunto a que publico, e a que perfil de ser humano esse programa de audiência suficiente é servido para se manter no ar. Mas ao mesmo tempo não quero pensar no tipo de gente que fica em frente a TV perdendo o tempo nisso.
A globo super televisão brasileira em um programa que passa o tipo de brincadeira sem graça de adulto retardado, ao qual se acha super herói na selva tirando vida de verdadinha como se fosse mentirinha, só faltando arrastar as mulheres pelos cabelos e se espancarem até a morte por um território fictício??? Hmm.. tem filmadora no meio do mato? Que moral tem essa bosta dessa emissora que bota uma tarja de classificação de idade mínima de 14 anos quando quem tem 14 anos hoje já se manda mais; e é até mais critico q o bando de irresponsáveis que participam desse ataque contra a humanidade de um ser?
Espero que alguém influente ache isso absurdo e tome alguma providência.
É isso... Falta de limite... tanta selvageria estourou meu grande saco de paciência, extrapolou os limites de civilidade, de racionalidade.

Simplesmente grotesco e ABOMINÁVEL!


Luana

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

piadas internas (meuZeus!)

As notas do dia:

Fatos:

- imaginação frutífera: sonho tenso X o cara que paralisei com o quase poder da mente! uhuL
- imaginação frutífera: desenhar meu rosto com intenções (debil)mentais babacas(rever o histórico msn do dia) haha

- xingamento pessoal:
- AHH DESGRAÇADA não foi treinar né!!
- devia ter postado meu texto "No limite" hj! LERDA!
- devia ter lido um capitulo a mais do livro! LERDA!
- devia ter estudado violão! ¬¬' NEM FALO MAIS NADA!

- lembrar: a pizza fica mais gostosa com o queijo por cima.
- lembrar: ESQUECER de tomar BALSAMO ALEMÃO! ARGHS!
- lembrar: amanhã de manzana to call to school.
- lembrar: amanhã de manzana to call to school II.
- lembrar: sem falta o texto na minha mesa!digo no blog!

- comentários mentais vagos: viagens são viagens boas pra pensar bobagens.
Subnota- Bobagem é tudo aquilo que é importante e não se diz.
- comentários mentais vagos: adorei o blues do Gentili!
- comentários mentais vagos: em breve táxi driver (ahm?)

Sites tchubirubis!
http://www.behance.net/
http://www.flickr.com/photos/derbyblue/
http://www.poesiaconcreta.com.br/
estão faltandooo...
entrevista do ziraldinho, e do bá e do moon no youTUBIS!


Como todo término de realidade diária de vida, vou sendo convidada a desprender-me do real no sonho de cada dia. A doce obrigatoriedade de cair na cama me chama. Em novo episódio de mesmo nome "O sonho de hoje".


preciso.

Luana

sábado, 15 de agosto de 2009

sem açucar!

O silêncio dos passos denunciava algum pecado naquele andar expiado. Aproximou-se do fogo, rasgou os papéis que levava nas mãos e cuspiu os pedaços nas brasas. Seu olhar rosnava fúria. Se não houvessem chamas a ruborizar o escuro salão, talvez o sangue fervilhando que lhe subiu a cabeça fizesse.
Ahh! Aquela insatisfação diária acumulada sob a língua roxa, necrosada, dobrada e enrolada que amortecida não dizia nada, não sentia e sequer engolia.
Uma língua que não diz, nem sente, imagine quão frustrante ser o senhor dono desta língua. Ele era.

...

Tomou um gole amargo de BÁLSAMO ALEMÃO e quase morreu de nojOooOoo!

BLECS! ECSSS BLECS!!!


Luana

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

medonha medrosa medíocre

a verdade vergonhosa vagabunda.
a medíocre mania meio-termo.
imóvel inútil inerte.
lerda lenta lesma.
arranhando acostando acostumando.
sua peste nada que preste!
andando sempre assim em cima do muro.
sarna irritante que sequer coça!
ser empacadO, ser nulo, MULA!!!!
um pouco de tudo que não serve pra nada!
vê se acorda sua coisa!
medonha!
medrosa!
medíocre!
e ridícula!!!!!!!!!!


Luanarghs!

Saudade do meu Baskete!

Correr,passar a bola, correr.
Passar a bola, correr, receber bola.
Marcar, fechar o fundo, interceptar passe.
Interceptar passe, roubar a bola, iniciar jogada.
Chamar marcação, pedir bola, fazer corta.
Enganar marcação, receber bola, proteger bola.
Proteger bola, passar, correr, chamar, receber, ir pra bandeja.
Receber bola, girar, arremessar.
E a cesta em nenhum momento é melhor que o jogo.
Que saudade da bola de baskete, o time, o técnico e a quadra.


Luana
(hj saiu um joguinho massa com as gurias!)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Bem me quer! Malme quer?

Ahh... As pessoas as quais se quer bem.
O pouco esforço pra ser feliz com quem nos quer bem.
Ai! As pessoas que se querem bem são felizes!

Felizes! Felizes! Felizes!

Querer bem sem haver fingido ser querido.
Querer bem por gostar.
Querer bem por querer.

Felizes!Super-Felizes!

O querer bem não somente um bem-querer.
Querer tão bem todos aqueles que sem saber só fazem bem.
E querer só o bem, apenas o bem, de todo aquele a quem se quer bem.

Meus amigos lhes quero bem...
Bem... bem... bem... Sempre bem felizes!


Luana

(que dia bonito!!! amigos são amigos!)

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Aperitivo...

11 dê a gosto!
12 dê ou turbo!
13 desse tempo!
14 dê novo êmbolo!
15 dê dez embro...mando! Já que não tem outra palavra que sirva!

Luana! Você ainda continua aí?
Não! já fui dormir!
Acho bom mesmo!
Não tem que achar nada!
Vou achar o chinelo daqui a pouco!
Vai ter que achar a pantufa!
Mas tu vai ver!
Ver oquê?
Ai! Cadê o chinelo!
Esncondi! É melhor aceitar a patufa ó!
Mas é muito descaramento!
É eu sei!
Já pro quarto!
Que fique bem claro que eu já tava indo mesmo!
E antes que eu perca a paciência!
Antes que eu perca o sono!
Boa noite!
Boa noite!
Dorme bem!
Você também!
Té!
Té!
Vai logo PORRA!
Tá chega disso!

Rabiscando

Desdenhando essa vinda,
Desdenhando essa vida,
Desdenhando essa ida,
Ando sem saída...

Desenhando essa vinda,
Desenhando essa vida,
Desenhando essa ida,
Ando sem saida...

Desejando essa vinda,
Desejando essa vida,
Desejando essa ida,
Ando sem saída...

Ando, ando.
Ando indo.


Luana

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Arpnét

Semana de cheirar esse ar internético que nos abocanha.
Se aproximaria um pneumotórax de pura embriaguês pneumática de palavras dançantes, flutuantes, navegantes e bagunceiras?
E links, e imagens, e anjos, e demônios saltitantes, volitantes transpassando paredes?
No viciante doce mau(hálito)do século da vida real virtual de banalidade essencial?

Já vai fervilhando o motor do meu moedor de mundo, fresco e pulsante.
Meu inócuo triturador, esmirilhando vorazes novos e usados conceitos, feitos-refeitos?
Trabalhando no debulhar dos preceitos, e alguns perfeitos defeitos pré-fabricados, pré-cozidos, pré-moldados?
Enlatados dissimulando mal-fadados efeitos vendidos no embalo das compras supérfluas?

Refeições exageradas e excesso de alface murcha para as felizes formigas-fantasma!

PS: Semana de parar de cheirar esse ar!


Luana

domingo, 9 de agosto de 2009

Delírios em sonhos lépidos

Imersa em fortes correntes
Águas de rotas instáveis
Senti-me arrastada

Quem ia flutuando no céu
Abraçado num guarda-chuva
Deslizava nas silhuetas do vento.

Quem segurou-me nos braços,
Avisos em gritos de susto,
O delírio,
O vento,
O fascínio num vôo maluco,
Um guarda-chuva colorido rodopiando sem rumo.


Luana

Delírios em sonos lentos

Senti-me arrastada contra a vontade
Imersa nas correntes de força
Da rota indecisa das águas

Quem era no céu acima da minha cabeça
Que abraçado num guarda-chuva,
Flutuando no ar rodopiou nas silhuetas do vento?

Um homem segurou meu braço
Gritei ao passageiro do guarda-chuva flutuante
E senti o vento levando, girando e rodando

Flutuava eu abraçada ao guarda chuva
E desesperada ela corria na beira da praia
Gritando: "Por quê você entrou sem bóia???"


Luana

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Até

O bebê dormiu, lágrimas jorrou até meu peito sangrar-lhe amor.
O bebedor mil lágrimas jorrou até seu peito sangrar licor.

Luana
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