quanta vontade eu tenho.
quanta vontade eu tenho.
quanta vontade eu tenho.
quanta vontade eu tenho.
quanta vontade eu tenho.
quanta vontade eu tenho.
me enchem de vislumbres.
me incham,
quanta vontade de encontrar controle
quanta vontade de me dividir em tantas quantas de mim eu preciso pra nunca cansar
quanta vontade de só seguir fazendo,
sem mania de escrever, de pensar, de dizer, de explicar, de entender.
eu tento a música alta,
sinto que ela precisa entrar na cabeça, na alma, no corpo
pra tentar me arrancar um pouco daquilo que cresce demais,
abafar aquilo que cresce demais e não nasce
não morre
não explode
só vai aumentando o depósito.
depósito de idéias, memórias, imagens, sensações
nada vai embora,
fica tudo,
tanto disso poderia ir embora, se esquecer
e sobra, se acumula
não sei me despedir do abstrato,
e abstraio, e abstraio
não sei desistir quando preciso,
e a oportunidade de me cobrar pelo que ainda não fiz sempre vem.
penso nisso, acredito naquilo, quero aqui e lá,
tento e faço tudo em tempos e formas diferentes,
e de longe não me convenço do fim da rua,
meus dois olhos não me satisfazem,
até me preparo pra descompassos e assincronias,
mas não é tão fácil,
se faz surpresa o encaixe improvisado,
mas não se acostuma muito ao desacerto e contra-pé.
Gosto muito dessa vida,
de tudo,
e quero tanto que não aguento.
Nem poderia.
Naluah
(só eu que não tenho um "esvaziar lixeira"?????!!)