Adoro encontrar semi-deuses no meu caminho,
eles parecem se esconder,
na medida que sem querer,
vou deixando de crer,
e sem notar,
vou sentindo falta do que me incitam,
Mas eis, num repente me surgem de um caminho inesperado,
ouço coisas que me desmontam os sentimentos,
sentimentos cimentados,
pesando um sobre outro,
e me deixavam paralisada,
inerte.
Sim, então me aparecem de novo os Semi-deuses,
e reconstituem metade da minha salvação.
Me quebram essa coluna que vai enrijecendo,
aproveitam a tímida fissura de humor nesse sentimento calcificado,
onde alí minha dureza se derrete,
se desmancha, se entrega, fica leve, salta longe,
desconstroem minha vivência tetraplégica,
na qual eu pedia renovação.
Meus Semi-deuses que me alimentam de palavras ressoantes,
de gestos vivazes,
de paixão,
Quando já nem sei mais por que acredito,
eles dizem que seja como for,
acreditam comigo.
Depois somem dizendo,
Há água que mata essa sede,
e um dia será possível dançar no topos de arranha-céus.
Naluah
(Semi-deuses. Graças. Adeus. )
quarta-feira, 23 de junho de 2010
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